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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vacinas: Como Manter o Seu Filho Superimunizado



As vacinas garantem a proteção da saúde do seu filho. Veja aqui as últimas novidades na área, um tira-dúvidas com tudo o que você precisa saber e mais: o calendário de vacinação infantil completo


Boa notícia para quem acaba de entrar no universo da maternidade e, assim, no da vacinação infantil: você vai economizar, e muito!

O calendário nacional de vacinação para crianças é um dos mais completos do mundo, e recentemente foram incluídas novas vacinas gratuitas: a pneumocócica conjugada, a meningocócica C conjugada e a da gripe.

Se você fosse vacinar seu filho contra essas doenças na rede privada, gastaria, em média, R$ 1.600 até ele completar 18 meses! Veja novidades e esclarecimentos para as principais dúvidas que você pode ter.

1. Como funcionam as últimas vacinas incluídas no calendário do governo?
A pneumocócica conjugada 10-valente, que combate dez tipos de pneumococos, como os que causam pneumonia e otite, deve ser dada aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 12 e 15 meses. Na rede particular está disponível outro tipo de vacina, a 13-valente, que protege contra 13 tipos. Cada dose, e são quatro que você precisa dar no total, custa de R$ 226 a R$ 285. A grande questão para quem opta por dar a 10-valente é que a criança não vai ficar protegida contra os outros três tipos de pneumococos encontrados na 13-valente no primeiro ano de vida, quando há maior incidência de doenças pneumocócicas.
Felizmente, esses três tipos não são os mais incidentes no Brasil. Uma opção, diz Marcos Lago, infectologista pediátrico e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e membro do comitê de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, é dar, depois de fazer o esquema de vacinação completo com a 10-valente, uma dose da 13-valente quando a criança tiver entre 1 e 2 anos, porque aí a resposta do sistema imunológico é mais eficiente – o resultado não seria tão bom se ela recebesse a dose com 2 meses. Se seu filho tomou a 7-valente (versão anterior), os médicos dizem que você pode dar uma dose da 13 para completar a proteção.

A meningocócica C é a mesma nas duas redes – na clínica, o valor varia entre R$ 110 e R$ 174. Ela combate a meningite e é aplicada aos 3 e aos 5 meses, com reforço entre 12 e 18 meses.

A da gripe, que também protege contra a influenza A (H1N1), é dada para crianças de 6 meses a 1 ano e 11 meses, sendo a primeira meia-dose aos 6 meses, a segunda aos 7 meses e o terceiro reforço se a criança estiver na faixa etária especificada acima. Na rede privada, custa R$ 60 a R$ 70 cada dose.

2. O Zé Gotinha vai acabar?
Sim. O Ministério da Saúde confirmou com exclusividade, que o esquema de vacinação contra a paralisia infantil vai mudar. A Sabin, a gotinha (vírus atenuado), vai ser gradualmente substituída pela Salk, a injeção (vírus morto). Isso porque a gotinha oferece um risco pequeno de a criança contrair a doença: um caso para cada 800 mil doses na primeira vez que ela é vacinada e um para cada 1 milhão e 200 mil doses a partir da segunda. De início, o ministério vai adotar um esquema que oferece a Salk nas duas primeiras doses e a Sabin na terceira e nos dois reforços – assim, a criança já estará imunizada quando receber o vírus vivo. E a campanha nacional acontecerá uma vez ao ano.

O governo diz que a transição não tem data para começar, mas segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações esse esquema será implementado no ano que vem. Por enquanto, a Salk está disponível na rede privada em alguns tipos de vacinas combinadas, como a Hexavalente (que também protege contra difteria, tétano, coqueluxe, hepatite B e hemófilos do tipo B) por cerca de R$ 200 a R$ 240. Para a Salk, são necessárias três doses e dois reforços. Se você não pode pagar todas as doses, os médicos recomendam dar as duas primeiras da Salk e depois continuar o esquema de vacinação nas campanhas nacionais. Mesmo que tenha dado todas as doses da Salk, os pediatras recomendam que você continue participanado das campanhas.

3. Há previsão de mais novidades na rede pública?
Sim. No ano que vem será introduzida a vacina combinada Pentabrasil, a atual Tetravalente (a DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, junto com a hemófilos do tipo b, contra meningite) junto com a hepatite B. Todas elas já estão disponíveis no posto, mas você tem que dar mais picadinhas no seu filho. “Daqui a quatro ou cinco anos, vamos juntar essa vacina com a Salk (a pólio inativada) e teremos uma heptavalente, que vai incluir também a meningocócica C”, diz Carla Domingues, coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Afinal, sempre que você puder, é melhor dar as combinadas.

4. Quais estão apenas na rede particular?
Além das combinadas, da Salk e da 13-valente, são quatro as que não estão na rede pública:

Hepatite A: primeira dose com 1 ano e segunda com 18 meses. Custo (cada dose): R$ 99 a R$ 115.

Varicela (catapora): primeira dose com 1 ano e segunda entre 4 e 6 anos. Custo: R$ 142 a R$ 160.

HPV: três doses a partir de 9 anos. Custo: R$ 190 a R$ 270, a bivalente (protege contra dois tipos), e R$ 259 a R$ 400, a quadrivalente (contra quatro).

Tríplice bacteriana acelular (com vírus inativado, que pode dar menos efeito colateral): doses aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 15 e 18 meses e também entre 4 e 6 anos. Custo: R$ 70 a R$ 128.

5. Criança doente deve ser vacinada?
Depende. Resfriado, tosse e outras infecções leves não são empecilhos. A única exceção é ela estiver com febre igual ou superior a 38º C. Aí não pode vacinar.

6. E se eu perder ou precisar adiar o prazo da vacinação?
Dê a vacina assim que puder e avise o pediatra. Não deixe de atualizar as vacinas do seu filho para que ele esteja sempre protegido.

7. A vacina pode causar alguma reação na criança?
Sim. Essas reações são naturais e esperadas no período pós-vacinação. Seu filho pode ter febre, dor local e vermelhidão pelo corpo. Se notar algo incomum, fale com o pediatra. Vacinas como as de sarampo e rubéola, que possuem na composição o vírus vivo atenuado, têm mais chances de provocar essas reações, principalmente nas primeiras doses.

8. Posso dar antitérmico ou analgésico antes da vacinação?
De jeito nenhum. O remédio pode comprometer a eficácia da vacinação, e aí seu filho não fica totalmente protegido. Ele deve ser usado apenas se a criança apresentar algum sintoma depois de receber a vacina, e, mesmo assim, com o aval do pediatra.

9. A vacina do posto é a mesma da clínica?
Sim, em geral é a mesma, tem a mesma qualidade e ambos os locais são rigorosamente fiscalizados pela Vigilância Sanitária. Já os consultórios dos pediatras particulares não são.

10. Meu filho já teve a doença. Ele precisa ser vacinado?
Se forem doenças virais, como sarampo e catapora, a probabilidade de estar imunizado é grande, mas não há garantia, assim como para as demais doenças. Na dúvida, os especialistas recomendam que a criança seja vacinada, sim. Converse com o pediatra.

11. Se o bebê tomar a vacina em gotinha e regurgitar, precisa tomar de novo?
Sim, ele deve tomar de novo caso regurgite nos 15 minutos seguintes à vacinação.

12. Para bebês prematuros, como fica o calendário?
Primeiro eles precisam ganhar peso para depois serem vacinados, o que varia de acordo com o desenvolvimento de cada criança. Portanto, é o pediatra quem vai indicar as vacinas. Vale lembrar que eles podem receber doses gratuitas de vacinas com o vírus inativado em vez das que usam o vírus vivo, já que têm a imunidade mais baixa. O Ministério da Saúde oferece esse serviço nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais

13. Se meu filho não pode ser vacinado, eu devo tomar a vacina?
Essa é a recomendação. Imunizar os familiares e pessoas que cuidam do bebê é uma forma de minimizar os riscos. Afinal, se vocês estiverem protegidos, as chances de seu filho pegar a doença são menores. Aproveite para atualizar o calendário de vacinas da família.

14. Tudo bem tomar mais de uma vacina no mesmo dia?
Sim. Elas podem ser dadas no mesmo dia ou só depois de um mês. Isso acontece porque, uma vez que o sistema imunológico começa a agir, leva um tempo para que ele possa responder com eficácia a um outro estímulo. Quando dada no mesmo dia, não tem problema. Mas se você der uma hoje e outra dentro de uma semana, pode atrapalhar a resposta do organismo e, assim, a proteção. O único cuidado é que a aplicação não seja feita no mesmo local da pele.


Fonte: Revista Crescer
Com a colaboração do blog Salvem as Nossas Crianças

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