Cesarianas podem dobrar risco de obesidade infantil, diz levantamento.
Diferença está nas bactérias do intestino dos bebês obtidas no parto.
Pesquisa avaliou 1.255 nascidos entre 1999 e 2002.
Bebês nascidos via cesarianas podem ter até duas vezes mais risco de
serem crianças obesas aos três anos de idade, afirma um levantamento
feito nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira (24) na revista
pediátrica “Archives of Disease in Childhood” (em português, “Arquivos
de Doenças na Infância”). A explicação estaria na diferença entre as
bactérias do intestino que bebês adquirem durante o parto normal e o
cesáreo.
A equipe avaliou 1.255 bebês nascidos em oito maternidades do estado
americano de Massachusets entre 1999 e 2002. Desses, um quarto (284
bebês) nasceu por cesárea. O restante, 971, por parto normal.
Do grupo de nascidos por cesariana, 16% eram considerados obesos aos três anos de idade – mais que o dobro da taxa entre nascidos por parto vaginal, de 7,5%.
De acordo com os médicos, as mães que fizeram o parto cesariano tinham, em média, mais peso do que as outras e seus bebês também eram mais pesados ao nascer. Elas também amamentavam por menos tempo. Mas mesmo descontando esses fatores, a tendência à obesidade se manteve.
Segundo os médicos que fizeram o levantamento, do Hospital Infantil de Boston, a diferença pode ser explicada pelas bactérias. Bebês nascidos por parto normal adquirem bactérias do gênero Bacteroides da mãe na hora do parto – esses micro-organismos são essenciais para a boa digestão dos alimentos.
Os nascidos por cesárea, no entanto, não apenas têm menos Bacteroides, mas têm mais bactérias do gênero Firmicutes – que são associadas à obesidade por aumentar a energia extraída dos alimentos e causar uma inflamação que dificulta a regulação da absorção de acúçar.
A cesariana também já foi ligada a um maior risco de desenvolvimento de arma e rinite alérgica, em estudos anteriores.
Do grupo de nascidos por cesariana, 16% eram considerados obesos aos três anos de idade – mais que o dobro da taxa entre nascidos por parto vaginal, de 7,5%.
De acordo com os médicos, as mães que fizeram o parto cesariano tinham, em média, mais peso do que as outras e seus bebês também eram mais pesados ao nascer. Elas também amamentavam por menos tempo. Mas mesmo descontando esses fatores, a tendência à obesidade se manteve.
Segundo os médicos que fizeram o levantamento, do Hospital Infantil de Boston, a diferença pode ser explicada pelas bactérias. Bebês nascidos por parto normal adquirem bactérias do gênero Bacteroides da mãe na hora do parto – esses micro-organismos são essenciais para a boa digestão dos alimentos.
Os nascidos por cesárea, no entanto, não apenas têm menos Bacteroides, mas têm mais bactérias do gênero Firmicutes – que são associadas à obesidade por aumentar a energia extraída dos alimentos e causar uma inflamação que dificulta a regulação da absorção de acúçar.
A cesariana também já foi ligada a um maior risco de desenvolvimento de arma e rinite alérgica, em estudos anteriores.