Do blog Conselho Tutelar de Sobral-CE
Registrado em: Abuso Sexual, Exploração Sexual, Crianças e adolescentes
por Paula Rosa — 31/05/2011 11:34
O Perfil do Caminhoneiro Brasileiro 2010 aponta avanços com relação a último estudo realizado em 2005
Caminhoneiros que circulam pelo Brasil se mostram mais conscientes sobre a gravidade da exploração sexual de crianças e adolescentes. Isso é o que aponta “O Perfil do Caminhoneiro Brasileiro 2010”, uma pesquisa realizada para a Childhood Brasil e conduzida pelo núcleo de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe, em parceria com o núcleo de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Para realizar o estudo, foram entrevistados 343 caminhoneiros em Porto Alegre (RS), Itajaí (SC), Cubatão e Santos (SP), Belém (PA), Natal (RN) e Aracaju (SE). A pesquisa foi realizada com uma amostra aleatória de 275 motoristas e um grupo de controle formado por 68 motoristas vinculados ao Programa na Mão Certa.
O estudo apresentou avanços significativos em relação à realidade observada em 2005. Um dos resultados mais expressivos foi o aumento de entrevistados que afirmam não ter se envolvido em relações sexuais com crianças e adolescentes. Em 2005, 63,2% responderam que não haviam saído com crianças ou adolescentes, enquanto em 2010 esse número subiu para 82,1%.
O número de entrevistados que afirma saber que a exploração é errada, aumentou. Passou de 20,8 para 37%. A quantidade de entrevistados que mostra estar mais familiarizada com as leis e os serviços de proteção à criança e ao adolescente também segue essa tendência. Segundo a pesquisa, o número de motoristas que afirma ter tido contato com campanhas contra exploração sexual de crianças e adolescentes triplicou durante os últimos cinco anos. Os que afirmam já ter utilizado o Disque-denúncia aumentou de 1,3% em 2005, para 4,9% em 2010.
Questionados sobre qual seria o principal motivo para jovens com menos de 18 anos se envolverem com a prostituição, os entrevistados assinalaram a necessidade financeira da criança ou da família. Segundo eles, a média do valor do programa com crianças e adolescentes em 2010 foi de R$25,05. Sobre a distribuição territorial da exploração sexual no Brasil, as regiões Norte e Nordeste foram as mais apontadas como sendo locais onde há predomínio de crianças e adolescentes sendo explorados.
De maneira geral, o grupo Programa na Mão Certa apresenta resultados ainda mais positivos que a amostra aleatória, como, por exemplo, maior conhecimento sobre as leis e os serviços de proteção à criança e ao adolescente. De acordo com o coordenador do estudo, Prof. Dr. Elder Cerqueira-Santos, a pesquisa indica de que a estratégia de informação no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes pode ser uma receita de sucesso.
Contudo, além de registrar importantes avanços, a pesquisa traz dados que sugerem haver ainda um longo caminho a percorrer no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Apesar de apenas 20,1% dos entrevistados da amostra aleatória ter afirmado envolvimento pessoal com a exploração, 71,9% diz ter conhecimento sobre o envolvimento de colegas de profissão. Além disso, todos os entrevistados confirmaram ser comum a exploração de meninos e meninas nas estradas e pontos de parada.
O Programa Na Mão Certa é uma iniciativa da Childhood Brasil, e tem por objetivo mobilizar governos, empresas e organizações do terceiro setor em prol do enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.
Fonte: Portal Viablog
Registrado em: Abuso Sexual, Exploração Sexual, Crianças e adolescentes
por Paula Rosa — 31/05/2011 11:34
O Perfil do Caminhoneiro Brasileiro 2010 aponta avanços com relação a último estudo realizado em 2005
Caminhoneiros que circulam pelo Brasil se mostram mais conscientes sobre a gravidade da exploração sexual de crianças e adolescentes. Isso é o que aponta “O Perfil do Caminhoneiro Brasileiro 2010”, uma pesquisa realizada para a Childhood Brasil e conduzida pelo núcleo de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe, em parceria com o núcleo de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Para realizar o estudo, foram entrevistados 343 caminhoneiros em Porto Alegre (RS), Itajaí (SC), Cubatão e Santos (SP), Belém (PA), Natal (RN) e Aracaju (SE). A pesquisa foi realizada com uma amostra aleatória de 275 motoristas e um grupo de controle formado por 68 motoristas vinculados ao Programa na Mão Certa.
O estudo apresentou avanços significativos em relação à realidade observada em 2005. Um dos resultados mais expressivos foi o aumento de entrevistados que afirmam não ter se envolvido em relações sexuais com crianças e adolescentes. Em 2005, 63,2% responderam que não haviam saído com crianças ou adolescentes, enquanto em 2010 esse número subiu para 82,1%.
O número de entrevistados que afirma saber que a exploração é errada, aumentou. Passou de 20,8 para 37%. A quantidade de entrevistados que mostra estar mais familiarizada com as leis e os serviços de proteção à criança e ao adolescente também segue essa tendência. Segundo a pesquisa, o número de motoristas que afirma ter tido contato com campanhas contra exploração sexual de crianças e adolescentes triplicou durante os últimos cinco anos. Os que afirmam já ter utilizado o Disque-denúncia aumentou de 1,3% em 2005, para 4,9% em 2010.
Questionados sobre qual seria o principal motivo para jovens com menos de 18 anos se envolverem com a prostituição, os entrevistados assinalaram a necessidade financeira da criança ou da família. Segundo eles, a média do valor do programa com crianças e adolescentes em 2010 foi de R$25,05. Sobre a distribuição territorial da exploração sexual no Brasil, as regiões Norte e Nordeste foram as mais apontadas como sendo locais onde há predomínio de crianças e adolescentes sendo explorados.
De maneira geral, o grupo Programa na Mão Certa apresenta resultados ainda mais positivos que a amostra aleatória, como, por exemplo, maior conhecimento sobre as leis e os serviços de proteção à criança e ao adolescente. De acordo com o coordenador do estudo, Prof. Dr. Elder Cerqueira-Santos, a pesquisa indica de que a estratégia de informação no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes pode ser uma receita de sucesso.
Contudo, além de registrar importantes avanços, a pesquisa traz dados que sugerem haver ainda um longo caminho a percorrer no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Apesar de apenas 20,1% dos entrevistados da amostra aleatória ter afirmado envolvimento pessoal com a exploração, 71,9% diz ter conhecimento sobre o envolvimento de colegas de profissão. Além disso, todos os entrevistados confirmaram ser comum a exploração de meninos e meninas nas estradas e pontos de parada.
O Programa Na Mão Certa é uma iniciativa da Childhood Brasil, e tem por objetivo mobilizar governos, empresas e organizações do terceiro setor em prol do enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.
Fonte: Portal Viablog